quarta-feira, agosto 30, 2006

O homem mais rápido do mundo

Em 1988, o atleta canadense Ben Johnson, venceu a competição dos 100 metros rasos diante do imbatível atleta norte-americano Carl Lewis e de quebra, bateu o recorde mundial na competição. Foi uma ilusão. O frasco número 1237, contendo amostra A da urina de Johnson revelou a presença de um esteróide anabólico, o estanozolol, substância esta capaz de aumentar a massa muscular e a capacidade física do atleta. A medalha e o recorde de Johnson foram caçados e a contraprova realizada perante dois médicos canadenses e o resultado deu novamente positivo. Conclusão: Carl Lewis foi declarado o vencedor e, Ben Johnson, suspenso de atividades esportivas por dois anos e banido para sempre da seleção canadense. Johnson não foi um caso isolado, uma vez que outros sete casos foram flagrados nessa mesma olimpíada, a maioria nas provas de halterofilismo e pentlato moderno, mas o caso do canadense chamou mais atenção, afinal, o mito Carl Lewis era seu adversário. Inconformado com o fato o governo canadense instaurou uma comissão de investigação e, após algum tempo, o treinador e o médico de Johnson revelaram que o atleta fazia uso de anabolizantes desde 1981. Até então, o atleta tinha conseguido driblar os exames por respeitar os prazos e as dosagens necessários para que qualquer vestígio fosse eliminado da urina de Johnson. No caso, o prazo de 28 dias. Mas, 26 dias antes da prova de Seul, o médico aplicou uma dose de Winstrol-V, acreditando que diuréticos fossem capaz de acelerar o metabolismo e deixa-lo isento de qualquer indício da droga. Por esse motivo, podemos concluir que a eficácia dos métodos é questionável, caso o médico não tivesse excesso de confiança, talvez Johnson ainda estivesse se sentindo vitorioso. A fraude venceria a honestidade. No ano seguinte, após ser desmascarado, Ben Johnson assumiu sua falha diante do mundo, confessou, e numa súplica aos jovens pediu que jamais tomassem drogas, disse ainda saber o que era ser um impostor, mas, em 1993, depois de retornar às pistas e fracassar na olimpíada de Barcelona, Johnson foi flagrado novamente em três testes naquele ano, sendo banido em definitivo do esporte. O fim da carreira de Johnson foi tentar como treinador, mas a mancha de seu passado acabou por dificultar sua nova empreitada, o máximo que conseguiu foi se transformar em preparador-físico particular de outro atleta cujo passado com as drogas também era sombrio, Diego Maradona, principal astro argentino no futebol que por várias vezes se valeu da cocaína para se transformar num pseudo-atleta, um ídolo de barro, até que foi suspenso em sua última participação em copa do mundo pelo uso de cocaína, enterrando de vez o sonhado tricampeonato argentino. Hoje, Maradona é uma figura caricata, desfigurada e Johnson um homem cujo único feito histórico foi ser o protagonista de um feito patético. Recentemente Johnson teve sua carteira roubada por uma cigana em Roma, bem que Johnson tentou correr atrás da ladra, mas não conseguiu alcança-la, provando que sem os anabolizantes, era um fracasso.

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